A febre de um sábado azul e um domingo sem tristezas
Te esquiva do teu próprio coração e destrói tuas certezas
E em tua voz só um pálido adeus
E o relógio no teu punho marcou as três
O sonho de um céu e de um mar e de uma vida perigosa
Trocando o amargo pelo mel e as cinzas pelas rosas
Te faz bem tanto quanto mal
Faz odiar tanto quanto querer demais
Você trocou de tempo e de amor, de música e de idéias
Também trocou de sexo e de Deus, de cor e de bandeiras
Mas em si nada vai mudar
E um sensual abandono virá, e o fim
Então levanta o cano outra vez e aperta contra a testa
E fecha os olhos e vê um céu de primavera
Bang! Bang! Bang! Folhas mortas que caem
Sempre igual os que não podem mais se vão
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